domingo, 16 de dezembro de 2007

Not just another “BRIC” in the wall


A exatamente seis anos atrás, no mês de novembro de 2001 o economista global da Goldman Sachs cunhou o termo BRIC, referindo-se a combinação Brasil, Rússia, Índia e China.

Segundo Jim as economias do BRIC estão se desenvolvendo em ritmo acelerado e lá por 2050 estarão entre os paises mais desenvolvidos do mundo.

No começo da década de 90 os paises que constituem o bloco BRIC respondiam por 5% do PIB mundial, e em menos de 15 anos os paises triplicaram seus números. Agora os paises do BRIC tem 15% de participação no PIB mundial e continuam crescendo.

De acordo com Jim O’Neill no ano 2050 China chegará a primeira posição com o PIB de 71 trilhões de dólares, seguida pelos Estados Unidos com 38,5 trilhões de dólares, Índia ficará em terceiro lugar com 37,5 trilhões de dólares, Brasil com 11 trilhões de dólares, México responderá por 9 trilhões de dólares e finalmente a Rússia ficará com a sexta posição com 8,5 trilhões de dólares.

Investidores de Wall Street que enxergaram esta oportunidade lucraram. Uma cesta media ponderada de ETFs que representa cada um dos paises – Brasil (EWZ), Rússia (TRF), Índia (IFN) e China (FXI) tiveram retorno de mais de 45% no ano passado. Superando de forma significativa o MSCI Emerging Markets ETF (EEM + 24%) que incluí todos os paises que compõem os mercados emergentes.

Tudo bem, mas e quanto aos produtos Russos, Chineses, Brasileiros ou Indianos, filmes, e todas aquelas coisas legais que são lançadas por paises economicamente dominantes. Será que liderança econômica signinfica necessariamente influencia cultural?

Na época em que a Goldman & Sachs mencionou pela primeira vez o termo BRIC, eu e meus amigos estávamos contando com uma evolução cultural. Talvez no futuro nos iremos no cinema para assistir a produções cinematográficas faladas em Chinês ou Português do Brasil, ou ir a uma super festa de lançamento de uma Vodka russa ou fazer fila em frente de uma loja indiana de tecnologia para comprar o mais novo software multi-uso Indiano.
As coisas não são exatamente como pensamos, mas começam a mudar. A empresa chinesa Lifan tem aparecido nas manchetes brasileiras desde agosto de 2006 quando ouvimos alguns boatos de que a Lifan estava tentando comprar o fabrica brasileira da BMW. A Fabrica foi construída no Brasil pela BMW e Daimler Chrisler em 1999 com a finalidade de produzir os motores 1.4 e 1.6 para o mercado sul americano. A Lifan também produz um carro com motor 1.6, o que faria da compra muito conveniente, e prepara o lançamento de uma nova gama de novos veículos que poderima perfeitamente ser produzidos nestas novas instalações.
A Lifan realmente tentou comprar a fabrica brasileira da BMW no ano passado, no entanto, o Governo brasileiro não permitiu que colocassem a fabrica em caixas de madeira para ser embarcada aos pedaços e serem remontadas na fabrica chinesa da Lifan. Não é novidade a Lifan ter fabricas em território estrangeiro, no total já somam 18 paises com fabricas da Lifan mas apenas para a produção de motocicletas destinadas a diversos mercados, a Lifan só decidiu entrar para o jogo da produção de automóveis no ano passado, quando lançou o Lifan 520.
No livro Wikinomics Don Tappscott e Antony D. Williams explicam como o governo Chinês deixou a Honda, Suzuki e Yamaha penetrar no pais com contratos de licenciamento, e como a engenharia reversa ajudou a Lifan emergir como uma das empresas mais prosperas e crescentes localizadas de Chongquing, também uma das mais prosperas e crescentes cidades da China:

“Quando o assunto é motocicletas, a Lifan é apenas uma das muitas empresas que ajudaram a tornar a China a rainha dessa industria. Apesar de você ainda não ter ouvido falar de muitas das suas compatriotas, empresas como a Zongshen, a Longxin, a Jialing, a Jianshe e a Dachangjiang estão compartilhando uma notável historia de sucesso que viu a produção de motocicletas triplicar de cinco para mais de quinze milhões de veículos por anos desde meados de 1990. Isso representa cerca de 50% do total, o que torna China líder mundial no setor.”

O pioneiro Chinês por trás do sucesso da Lifan, Yin Mingshan de 69 anos de idade disse que a Lifan está planejando sua IPO na bolsa de valores de Shangai com a intenção de levantar capital para realizar o sonho ambicioso de produzir automóveis.
Não exatamente dentro do circuito Helena Rubinstein de moda a Wills Lifestyle India Fashion Week é um desfile de moda realizado anualmente desde o ano 2000. A semana de moda deste ano que aconteceu entre 5 e 9 de setembro apresentou alguns dos maiores designers de moda Indianos inclusive The Glass House range by Kavita Bhartiya.

O numero de designers indianos contratados pelas maiores marcas globais de alta costura aumentaram tanto quanto o numero de designers indianos que decidiram abrir suas butiques de luxo em importantes capitais da moda em todo o mundo.
No ultimo dia 20 de setembro as bancas de jornais da Índia acordaram com alguns rostos lindos estampando a primeira de Vogue Índia. As estrelas de Bollywood Bipasha Basu, Priyanka Chopra e Preity Zinta dividiram a capa com as super-modelos locais MoniKangana Dutta e Laxmi Menon, e a super-modelo australiana Gemma Ward, fotografadas pelo fotografo de moda Patrick Demarchelier.

A edição inaugural da Vogue Índia pretende ser mais colorida e mais vibrante do que as edições ocidentais, segundo Alex Kuruvilla, diretor administrativo da Conde
O nome Guaraná da frutinha que nasce no norte do Brasil foi dado pelos índios da tribo dos Guaranis. Guaraná desempenha um papel muito importante na cultura do povo brasileiro como uma erva que tem propriedades mágicas, a cura para problemas de disposição e uma forte revigorante. Bebidas que usam Guaraná como ingrediente são bastante comuns no Brasil e estão se tornando mais e mais populares no mundo. Algumas empresas afirmam que o Guaraná pode se tornar um produto de exportação ainda mais importante do que os jogadores de futebol!
A Pepsi e a Coca-Cola fizeram suas primeiras apostas no produto algusn anos atrás quando decidiram produzir seus próprios refrigerantes de guaraná. Pepsi apostou no Josta no mercado americano no ano de 1997, mas teve sua produção descontinuada quando se deram conta que não estavam vendendo muito bem o produto. A Coca-Cola apostou e ainda vende o Kuat no Brasil (com algum sucesso). Mas como é de conhecimento do povo brasileiro , marcas que imitam os produtores nacionais não conseguem chegar perto dos autênticos produtores de refrigerantes de Guaraná brasileiros – mesmo que muitas vezes o sabor de guaraná sejam ofuscados pela grande quantidade de açúcar, a maioria dos brasileiros admite que o autentico Guaraná é o Guaraná brasileiro.
A AmBev afirma em seu moto que o Guaraná Antártica é a marca do autentico guaraná, com o sabor original do Brasil. Guaraná Antárctica é a segunda marca de refrigerantes mais vendidas país. E atualmente ocupa a 15 posição das marcas que mais vendem refrigerantes no mundo.
No ultimo dia 26 de setembro uma nova aeronave civil foi revelada nas instalações militares da Sukhoi no extremo leste da Russia em Komsomolsk-on-Amur

A aposta do presidente Vladmir Putin em reativar a outrora poderosa industria da aviação apresentou sua primeira proposta para a aviação comercial global – construída pela antiga maior industria da aviação russa Sukhoi.
Jjatos regionais é um mercado de 8 bilhões de dólares dominado pela brasileira Embraer e a canadense Bombardier , embora ainda seja um mercado tímido comparado com os 60 milhões de dólares investidos anualmente pela Boeing e pela Airbus. “Este é um programa de extrema importância para a Rússia porque sinaliza o renascimento de sua industria aeroespacial” disse Marc Ventre, vice presidente executivo da área de propulsão aeroespacial do conglomerado francês Safran.

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